Um dos grandes entraves para quem quer viajar, em especial para Europa, é o idioma. Lembro bem quando ouvi “queria tanto ir para Barcelona, mas lá eles só falam Catalão..” Depois do tradicional choque cerebral daqueles que você sofre quando tem certeza absoluta que ETs existem, estão entre nós e pior, possuem um QI inferior ao nosso, respirei e pensei, tadinha desta alma verde.
A Europa é um continente de 10 360 000 m2, que fala 60 línguas e centenas de dialetos. Se você depender de falar a mesma língua que os lugares que vai visitar para poder ir, acho melhor decorar a Wikipédia.
Se você vai fazer mochilão, ou vai ficar um tempo mesmo, o idioma seria sua preocupação de, digamos, número 14. Algo de algum idioma é preciso saber, the book is on the table, el libro esta en la mesa, Le libre est sur la table. Mas não tudo de todos. Ou vocês acham que antes de ir para Atenas ou Praga eu sabia que vestup e parakalô eram nomes de roupas, saudações ou xingamentos?
A comunicação é essencial, bem sei eu que sou comunicóloga (ou marketeira, ainda não sei que adjetivo uso), mas ela não se baseia APENAS em palavras. Se você sabe um inglês básico, fique tranqüilo que você se vira. Em Londres. De resto, é entender e fazer-se entendido. Na Itália, eu falava um espanhol cantado e mexia muito as mãos. Os italianos riam e os gringos achavam que eu era fluente no idioma. Me importava um cazzo. Demorei pra entender que “vichii” que eles diziam era na verdade, WC, mas consegui me aliviar a tempo, esse era o objetivo.
Uma viagem é pra ser repleta de descobertas, não de preocupações. Porque se for para se preocupar com idioma, eu, que sou fluente em Português, estaria até agora encanada com o barman de Lisboa que me perguntou se eu queria o meu refrigerante com uma “palhinha”...
ps. Palhinha é canudinho, em português brasileiro..
ps. Palhinha é canudinho, em português brasileiro..
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